Anita Malfatti
Uma renomada e amplamente celebrada pintora, designer e desenhista brasileira. Ela é aclamada como a primeira artista brasileira a introduzir o modernismo europeu e americano no Brasil.
Anita Malfatti nasceu como Ana Catarina Malfatti em 2 de dezembro de 1889 em São Paulo, em uma família de imigrantes. Seu pai, Samuel Malfatti, trabalhava como engenheiro civil, enquanto sua mãe, Elizabeth Malfatti, que foi sua maior fonte de inspiração e sua professora primária, era pintora e designer, e uma mulher incrivelmente culta, elegante e multilíngue.
Foi Elizabeth quem guiou Anita pelos passos básicos da pintura e do design e inspirou sua paixão e talento ao orientar de perto sua educação e treinamento. Tragicamente, por mais talentosa que Anita fosse, seu primeiro treinamento e educação como pintora foram dificultados por um defeito congênito em seu braço direito, que havia sido operado três vezes, mas não podia ser movido. Consequentemente, Anita que era destra foi forçada a usar o braço esquerdo pelo resto da vida.
Em 1910, viajou para Berlim na esperança de ingressar na Royal Academy of Fine Arts, porém, como o período acadêmico já havia começado, ela teve que esperar um ano para ser aceita na Academia. Enquanto isso, ela começou a ter aulas particulares no estúdio do renomado artista Fritz Burger-Muhlfeld, e foi aqui que ela conheceu vários artistas inovadores e apaixonados, e começou a experimentar a pintura livre.
Em 1914, decidiu voltar ao Brasil, porém, durante sua viagem fez uma parada em Paris, onde foi surpreendida pelo deleite e promessa das pinturas pós-impressionistas e passou a frequentar os círculos sociais de renomados e notáveis impressionistas franceses. Ela se matriculou na Academie Royale de Peinture et Sculpture para aperfeiçoar suas habilidades e aprimorar seus talentos.
Em 1915, Anita viajou para os Estados Unidos, onde continuou sua educação artística na Independence School of Art de Nova York, sob a tutela extremamente benéfica de Homer Boss, que encorajou sua liberdade de expressão e influenciou sua arte para se libertar de todas as limitações . Algumas de suas pinturas brilhantes e amplamente aclamadas dessa época incluem O Homem Amarelo, A mulher de cabelos verdes e A Japonesa. De volta ao Brasil, em dezembro de 1917, Malfatti organizou uma exposição de grande visibilidade e polêmica, que expôs 53 de suas obras, entre gravuras em metal, pinturas, desenhos e aquarelas.
A exposição acabou sendo extremamente escandalosa e causou grande rebuliço na comunidade de arte convencional e unida do Brasil, porém, ao mesmo tempo marcou a entrada do cubismo, expressionismo, surrealismo, futurismo e outros movimentos artísticos europeus que levaram a revolucionar as artes no Brasil.
O trabalho de Malfatti levou a encorajar e inspirar outros modernistas no Brasil, e em 1922, ela colaborou com Di Cavalcanti, Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Brecheret, Mário de Andrade e John Graz entre outros nomes notáveis, para organizar a semana de arte moderna exibida no Teatro Municipal de São Paulo. O evento incentivou a eliminação de todas as limitações e barreiras à liberdade de expressão não só nas artes visuais, mas também na dança, música, literatura e arquitetura.
Em 1933, Anita Malfatti conquistou a medalha de prata no Salão Paulista de Belas Artes, em São Paulo. Esse foi um período de imenso sucesso comercial e aclamação da crítica para Anita Malfatti, em que seu trabalho começou a atrair patrocinadores e fãs e, em 1949, o Museu de Arte de São Paulo organizou uma exposição para divulgar seu trabalho.
Participou da exposição itinerante de arte moderna de 1957 que percorreu as cidades de Rosário, Buenos Aires, Santiago e Lima. Suas pinturas estão expostas em todos os principais museus brasileiros, incluindo o de Arte de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
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