Quando o coronavírus atingiu pela primeira vez as cidades, as regiões rurais foram imediatamente apelativas, dada a diminuição do contato entre as pessoas pelo maior espaço entre as moradias.
O potencial de auto-suficiência através da jardinagem e da criação de animais encorajou quem já possuía pretensões de migrar para zonas rurais, dada a forma como o coronavírus expôs a fragilidade das cadeias de fornecimento globais e o elevado risco de infecção para os trabalhadores das fábricas de carne e da agricultura. Numa nota puramente prática, o custo de vida em muitas zonas rurais é significativamente mais barato, o que poderia ser um importante fator de atração, uma vez que as economias continuam a ser reduzidas.
Poder respirar na natureza, ficar à vontade num quintal que seja, ou à beira da piscina, se tornou muito mais interessante do que permanecer isolado num apartamento. O isolamento social deixou o ar livre ainda mais precioso e cobiçado.
E todos querem se afastar do epicentro da doença para diminuir os riscos de contágio. De um modo geral, o coronavírus vem fazendo muitas pessoas repensarem onde querem viver por medo, questões de sobrevivência ou mesmo por projeto pessoal. Não se trata apenas de um retiro emergencial, mas de uma preparação para uma saída definitiva da cidade grande.
A possibilidade de trabalho remoto abre um campo vasto de opções para a moradia. Essa é uma tendência que se percebe principalmente no topo da pirâmide social, onde as pessoas têm dinheiro para realizar seus projetos de curto prazo, mas que, também, avança forte pelas outras classes. A adoção de reuniões remotas, que anulam a necessidade da presença do funcionário, tem causado uma verdadeira revolução no mercado de trabalho. Como resultado, as populações dos grandes centros urbanos podem migrar para cidades que ficam no seu entorno, o que pode impulsionar a construção de habitações mais horizontalizadas, como condomínios de casa e loteamentos.
O interior oferece essas vantagens e, agora com a pandemia, as pessoas estão vendo que é possível trabalhar a distância sem prejudicar sua profissão, o que faz elas optarem por uma vida mais barata e distante do local de trabalho. Há, por exemplo, uma procura crescente, nos últimos meses, por casas em condomínios de luxo no interior.
Em alguns locais privilegiados, a procura por imóveis multiplicou por seis em relação ao ano passado. Especialistas no setor imobiliário apontam o crescimento entre 25% e 35% na procura por esses imóveis de alto padrão desde o início da pandemia, em março, e existe a tendência de aumento da demanda.
A necessidade de conforto e funcionalidade tem forçado um movimento de “êxodo” para cidades de interior ou litoral, locais que tradicionalmente oferecem melhores condições de vida, além de possibilitar o equilíbrio com um custo mais acessível. A pandemia trouxe de volta a necessidade de ficarmos mais livres e desapegados, e viver no campo ou em lugares mais isolados, até mesmo como condomínios, é uma alternativa para quem procura um estilo de vida menos agitado.
O êxodo para zonas rurais traz muitas vantagens, seja do modo econômico seja o psicológico para as pessoas repensarem em seu estilo de vida. Com o trabalho podendo ser feito remotamente, a procura para o contato mais íntimo com a família e com a natureza, se tornou a nova tendência.
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