Sobre Jan Van Eyck
Jan van Eyck nasceu em meados de 1395 em Maaseik, Bispado de Liège, Sacro Império Romano (agora na Bélgica) e morreu em 9 de julho de 1441, em Bruges. Foi um pintor holandês que aperfeiçoou a técnica, à época recentemente desenvolvida, de pintura a óleo. É conhecido por pertencer a escola flamenca. Suas pinturas de painel naturalista, principalmente retratos e temas religiosos, fizeram uso extensivo de símbolos religiosos disfarçados.
Sua obra-prima é o de Retábulo de Gante, de 1432. Em outubro de 1422 o pintor foi registrado como cavaleiro e pintor honorário de João da Baviera, conde da Holanda. Ele continuou a trabalhar no palácio de Haia até a morte do conde em 1425 e então se estabeleceu brevemente em Bruges antes de ser convocado, naquele verão, para Lille para servir a Filipe, o Bom, duque de Borgonha, o governante mais poderoso e principal patrono da as artes na Flandres.
Jan permaneceu a serviço do duque até sua morte. Em nome de seu patrocinador, ele empreendeu uma série de missões secretas durante a década seguinte, das quais as mais notáveis foram duas viagens à Península Ibérica, a primeira em 1427 para tentar contrair um casamento de Filipe com Isabel da Espanha e uma viagem em 1428-1429 para buscar a mão de Isabel de Portugal.
Como confidente de Filipe, Jan pode ter participado diretamente dessas negociações de casamento, mas também foi encarregado de presentear o duque com um retrato da noiva. Em 1431, Jan comprou uma casa em Bruges e, mais ou menos na mesma época, casou-se com uma mulher chamada Margaret, sobre a qual pouco mais se sabe do que o fato de ela ter nascido em 1406 e ter pelo menos dois filhos. Morando em Bruges, Jan continuou a pintar. Após sua morte em 1441, foi sepultado na Igreja de Saint-Donatian, em Bruges. Pinturas atribuídas com segurança ao autor datam da última década de sua carreira.
Uma influência importante para a formação artística de Jan foram as pinturas em painel de Robert Campin (1378-1444), um pintor de importante papel na história da arte holandesa. Estima-se que Jan deve ter encontrado Campin pelo menos uma vez, onde aprendido o realismo ousado, o método do simbolismo disfarçado e talvez a técnica de óleo luminoso que se tornou tão característica de seu próprio estilo.
Em contraste com Campin, que era um burguês de Tournai, Jan era um mestre erudito trabalhando em uma corte movimentada e assinava suas pinturas, uma prática incomum para a época. A maioria dos painéis de Jan apresenta a inscrição “IOHANNES DE EYCK” e vários ostentam seu lema aristocrático, “Als ik kan” (“O melhor que posso”).
Apesar de Jan van Eyck ter assinado 9 pinturas e datado de 10, o estabelecimento de sua obra e a reconstrução de sua cronologia apresentam problemas. As obras mais seguras para traçar o desenvolvimento de Jan são: Retrato de um Jovem, de 1432, O Casamento dos Arnolfini, de 1434, e a Virgem e o Menino com o Cónego van der Paele, de 1434 até 1436. Embora tenham sido feitas em um curto período de tempo, essas pinturas apresentam um desenvolvimento consistente de Jan em seu estilo próprio e pictórico mais delicado e precioso.
Acesse nossas redes sociais ou entre em contato para mais informações: FACEBOOK INSTAGRAM CONTATO