Grãos de café
Escolher o grão certo para produção do café é essencial. Inquestionável é que os cafés de qualidade superior são elaborados com grãos 100% arábica. Esses grãos têm, em média, 50% menos cafeína em comparação à espécie robusta. A maior quantidade de cafeína pode até parecer uma vantagem, mas a característica acentua o amargor da bebida, por isso esse grão é apreciado.
Todo o processo de produção é importante, seja no campo, no terreno, nas secadoras ou em sua armazenagem. Entretanto, uma etapa é decisiva para a qualidade, especialmente de um café gourmet. É no momento de sua torra. Não basta uma técnica apurada, é preciso também ter os sentidos muito desenvolvidos nesta tarefa. Para cada tipo de café existe um tipo de torra que consegue apurar melhor as suas qualidades.
A torra média, propicia uma doçura marcante, aroma e sabor mais balanceados. Os sabores e aromas do grão se desenvolvem normalmente, acentuando o corpo e revelando a personalidade do seu café, ideal para coador de café de pano ou filtro de papel.
Já torra suave é o resultado de um ponto de torra onde se acentua a acidez e se destacam a doçura e o aroma do café. Contudo, somente os melhores grãos aceitam essa torragem, e como não precisam esconder imperfeições levam menos tempo, sendo um café menos encorpado. Resulta em um sabor suave, aromático e com baixo amargor residual.
É na torra que as substâncias presentes no grão cru se desenvolvem, sendo por isso, um momento de crucial importância. A torra bem feita pode revelar todo o potencial de um grão especial, assim como uma torra mal feita pode acabar com ele. O tempo de torra interfere no sabor final da bebida. Quanto mais torrado, mais forte e amargo é o sabor do café.
O grão de café é um ingrediente natural e, portanto, sofre oxidação (ou envelhecimento) com o tempo. Assim, é preciso estar atento ao tempo entre a colheita e o consumo e sempre verificar a data da torra e da moagem do grão embalado que você leva para a casa.
Segundo especialistas, o tempo desde a torra até o consumo não deve ultrapassar noventa dias e o tempo da moagem para o preparo, devem ser apenas duas horas. Ou seja, o melhor mesmo é moer na hora de consumir.
Na embalagem, produtores de cafés de qualidade costumam descrever a origem da lavoura, dados de rastreabilidade sobre procedência, terroir (altitude média e clima), data de colheita e de torra, além de notas sensoriais. Por isso sempre avalie os detalhes!
Também verifique se a embalagem conta com dispositivos que objetivam preservar as características sensoriais dos grãos, como válvula (que impede a entrada de gás carbônico na embalagem e evita a oxidação do café) e sistema de fechamento hermético com zíper, o que ajuda a manter o frescor do café mesmo depois de a embalagem ser aberta. Por isso escolher grãos de qualidade certificada é primordial. Isso diminuirá o risco de você consumir um grão velho e proporcionará um café delicioso.
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